Fraturas da coluna vertebral
O que é? Qual a gravidade?
Poucas situações são tão assustadoras para os pacientes quanto quebrar a coluna…
As fraturas e lesões ligamentares da coluna tem os mais variados graus de gravidade. Em geral , a gravidade está relacionada à quantidade de energia do trauma ( acidentes de carro, quedas de grandes alturas, ferimentos por arma de fogo), pois o potencial lesivo é maior e maior a chance de causar lesões estruturais e desestabilizantes da coluna vertebral, que em alguns casos pode lesar as estruturas neurais que passam no seu interior, dentro do canal vertebral.
As lesões mais graves são aquelas onde há acometimento neurológico associado a fraturas da vértebras, lesões ligamentares e deslocamentos.
É de fundamental importância o cuidado pre-hospitalar, com mobilização e transporte adequado realizado por pessoas capacitadas. Numa situação de acidentes de trânsito e quedas, o ideal é solicitar ajuda dos bombeiros ou ambulância de deixar que esta mobilização e transporte seja feito por equipe médica/paramédica especializada.
O transporte e manipulação inadequado pode interferir para sempre no prognóstico do paciente, com alguns casos de paraplegia e tetraplegia causados na manipulação inicial.
De maneira geral, temos dois perfis de fraturas. Aquelas de baixa energia, em geral encontradas em pacientes idosos, onde pequenos traumas e quedas, devido a osteoporose,
acabam por levar a fraturas. Usualmente o tratamento é conservador com colete e algumas vezes é necessária cirurgia de estabilização, sendo utilizadas injeções de cimento ortopédico dentro da vértebra para estabilização e analgesia. Raramente cirurgias com parafusos e hastes são
necessárias neste perfil de pacientes.
O outro padrão é de alta energia, em geral em jovens do sexo masculino, sendo os acidentes automobilísticos a principal causa de fraturas da coluna, seguido de quedas e mergulho
em águas rasas. No nosso país, o ferimento por arma de fogo é uma causa importante de lesões.
No padrão de alta energias as fraturas costumam ser mais graves e as instabilidades mais grosseiras, com aumento de lesões neurológicas. O objetivo do tratamento é reestabeler a
capacidade da coluna de suportar cargas, manter alinhamento e acima de tudo, evitar ou mitigar as lesões neurológicas.
Para isto, as cirurgias de estabilização com parafusos, placas e hastes devem ser feitas, quando necessárias, da maneira mais breve possível, sendo a descompressão precoce da medula um elemento fundamental nas chances de recuperação neurológica quando esta
As formas de cirurgia são inúmeras, dependendo da região e tipo de fratura/lesão, mas todas seguem os princípios de estabilizar, alinhar e descomprimir a medula, causando o menor
dano de tecidos possível, com técnicas cada vez menos agressivas para pele, fáscias e músculos.